As suas peças não são acerca dos deuses ou a realeza, mas sobre pessoas reais. Colocou em cena camponeses ao lado de príncipes e deu igual peso aos seus sentimentos. Mostrou-nos a realidade da guerra, criticou a religião, falou dos excluídos da sociedade: as mulheres, os escravos e os velhos.
Em termos dramatúrgicos Eurípedes adicionou o Prólogo à peça, no qual “situa a cena” (apresenta o que se vai passar). E criou também o “deus ex machina” que servia muitas vezes para fazer o final da peça.
As peças de Eurípedes estão pejadas do realismo mais pungente, como a cena anti-guerra de “As Troianas”, na qual uma avó chora pelo facto de ter sobrevivido à filha e ao neto.
Ao longo da sua vida, Eurípedes foi considerado quase um marginal e foi frequentemente satirizado nas comédias de Aristófanes.
No final da vida, talvez desiludido com a natureza humana, viveu recluso rodeado de livros e morreu em 406 a.C., dois anos antes de Sófocles.
O enredo de suas tragédias foi muitas vezes aproveitado por dramaturgos modernos, como Racine, Goethe e Eugene O'Neil.
Apenas uma fração da imensa obra de Eurípides logrou chegar aos nossos dias.
Tragédias
1. Alceste (438 a.C., segundo prêmio)
2. Medéia (431 a.C., terceiro prêmio)
3. Os Heráclidas (c. 430 a.C.)
4. Hipólito (428 a.C., primeiro prêmio)
5. Andrômaca (c. 425 a.C.)
6. Hécuba (c. 424 a.C.)
7. As Suplicantes (c. 423 a.C.)
8. Electra (c. 420 a.C.)
9. Héracles (c. 416 a.C.)
10. As Troianas (415 a.C., segundo prêmio)
11. Ifigênia em Táuris (c. 414 a.C.)
12. Íon (c. 413 a.C.)
13. Helena (412 a.C.)
14. As Fenícias (c. 410 a.C., segundo prêmio)
15. Orestes (408 a.C.)
16. As Bacantes e Ifigênia em Áulis (405 a.C., póstumas, primeiro prêmio)
Drama satírico
1. O Ciclope (data desconhecida)
Nenhum comentário:
Postar um comentário