terça-feira, 28 de setembro de 2010

PEIXE À DELÍCIA (À MODA CEARENSE)

PEIXE À DELÍCIA (À MODA CEARENSE)

Ontem a minha amiga Helena chegou comentando que aproveitou uma excelente promoção de filets de peixe. E como nós adoramos peixe, ficamos pensando em receitas para aproveitar essa maravilha. Lembramos nossos tempos em Terras Alencarinas* e de um prato tradicionalíssimo por lá, mas que nos remete a um costume bem brasileiro, comer carnes/peixes tendo como acompanhamento bananas. Pros modernos de plantão vão achar um quê de exótico, mas pros mais velhos, tenho certeza que vão lembrar os bons e velhos tempos. Deliciem-se!

PEIXE À DELÍCIA (À MODA CEARENSE) – 4 porções

PEIXE:
500g de filets de peixe
Suco de 1 limão
Sal e pimenta do reino ao seu gosto
1 copo de farinha de trigo (para empanar)
1 pitada de coloral (colorífico)
500ml de leite
200 g de queijo mussarela fatiados
5 bananas cortadas no comprimento
1 colher de sopa de manteiga ou margarina (para fritar as bananas)
3 colheres de sopa de queijo ralado
Óleo para fritar
Azeite para untar


MOLHO:
4 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo
4 colheres de sopa de manteiga
1 cebola média ralada em ralo grosso
1 lata de creme de leite
Sal, pimenta do reino e noz moscada ao seu gosto

Comece pelo molho branco. Em uma panela aqueça a manteiga/margarina até derreter completamente e refogue a cebola até ela ficar transparente. Junte toda a farinha, mexendo bem. Acrescente metade do leite e misture bem com a ajuda de um batedor de arames, para não formar grumos. Ponha o restante do leite e continue mexendo até engrossar. Tempere com sal, pimenta e noz moscada. Retire do fogo e junte o creme de leite. Marine o peixe com sal, pimenta e suco de limão. Grelhe as bananas com a manteiga até amolecerem e dourarem. Seque bem os peixes e empane-os em uma mistura de farinha de trigo e o coloral. Pré-aqueça o forno em 180º C. Frite os filets em óleo quente até ficarem dourados e crocantes. Unte um refratário azeite e faça camadas de peixe, mussarela, molho branco e banana. Finalize com molho branco, mussarela e o queijo ralado. Leve ao forno para gratinar. Sirva bem quente acompanhado de salada verde e arroz.

*Terras Alencarinas = Onde nasceu José de Alencar = Ceará.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Castelinho da Rua Apa: tragédia e destruição paulistana

Castelinho da Rua Apa: tragédia e destruição paulistana


"O Castelinho, construído em 1912 e situado na rua Apa nº 236, esquina com

avenida São João, mesmo detonado, é um marco da paisagem da igualmente

detonada Av. São João, bem no trecho em que é sufocada pelo minhocão.

Foi outrora o palácio de uma rica e tradicional família da cidade, e cenário

de um crime chocante até hoje não esclarecido.



Nele habitavam Maria Cândida Reis e seus filhos, Armando e Álvaro.

Conhecidos, conceituados, milionários.

No dia 12 de maio de 1937, os corpos de mãe e filhos são encontrados no

interior do imóvel. Haviam sido mortos a tiros.

O caso rendeu manchetes durante vários dias nos principais jornais de São

Paulo: Quem matou a família Guimarães dos Reis? - o mistério eletrizava a

população da cidade.

Segundo a versão da polícia, o boêmio e Álvaro tinha a idéia de transformar

o Cine Broadway, de propriedade da família, em ringue de patinação. Seu

irmão, o advogado Armando, era contra. Teria havido uma discussão. Um dos

irmãos saca uma arma e dispara contra o outro. A mãe, ao ver a briga, corre

para se interpor entre os dois, mas também é atingida. O atirador,

desesperado, resolve dar fim à própria vida.

A polícia nunca descobriu qual dos irmãos seria o assassino. A população

nunca se convenceu da história dos policiais." (O Castelinho da

Rua Apa pede socorro, de Jorge Eduardo Rubies)



Da sua história de tragédia, o Castelinho já faz parte de contos de lendas

urbanas de São Paulo, com pessoas que dizem ouvir e ver coisas no local.

Outras dizem passar mal ao entrar no local. Desde o crime, dizem que ninguém

consegue morar mais ali.



Hoje, o Castelinho é uma propriedade da União, já que não sobrou nenhum

herdeiro direto dos Guimarães dos Reis, mas encontra-se ocupado pela Associação de Mães do Brasil, que não tem condições financeiras para a sua reforma.

Castelinho da Rua Apa:

segunda-feira, 26 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Bolsas

http://whimsyloft.com/2009/12/how-to-make-a-flex-frame-purse/

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Avenida Copacabana: Abril 2009

Avenida Copacabana: Abril 2009: "Just us, the cameras, and those wonderful people out there in the dark !...
All right, Mr. DeMille, I'm ready for my close-up. '


(Norma Desmond- Sunset Blvd"

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A lei de locações 8.245
estabelece que é proibido a cobrança de qualquer taxa do locatário pois é responsabilidade do locador o pagamento de qualquer custo referente ao contrato.
As imobiliárias para ganhar o cliente proprietário acabam prometendo a ele arcar com os custos e depois tentam passa-lo para o locatário julgando que o mesmo desconhece a lei o que realmente acontece com a maioria das pessoas que acaba pagando.
todo e qualquer custo não é sua obrigação pagar pois trata-se de exigência do locador sem contar que uma consulta ao SPC custa R$ 3,50 um pouco mais um pouco menos dependendo do estado em que vc reside e as financeiras tem um programa de verificação de idoneidade que pagam uma miséria por mês.

Portanto não pague e comunique isso por escrito a imobiliária para que fique claro que vc conhece seus direitos.
Faça uma comunicação escrita em duas vias para a imobiliária colocando o nome e endereço completo informando qu8 e vc não pagará as taxas(descreva cada uma seu valor e porque esta sendo cobrado) visto que qualquer cobrança relativa ao contrato de locação concretizado ou não é responsabilidade do proprietário locador e que conforme a lei 8.245 vc esta desobrigada do pagamento e se houver insistência vc comunicará o fato ao CRECI estadual e Procon, tomando judicialmente as providências cabíveis.

Veja o que diz a lei 8.245:

Art. 22. O locador é obrigado a:



I - entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina;

II - garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado;

III - manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel;

IV - responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação;

V - fornecer ao locatário, caso este solicite, descrição minuciosa do estado do imóvel, quando de sua entrega, com expressa referência aos eventuais defeitos existentes;

VI - fornecer ao locatário recibo discriminado das importâncias por este pagas, vedada a quitação genérica;

VII - pagar as taxas de administração imobiliária, se houver, e de intermediações, nestas compreendidas as despesas necessárias à aferição da idoneidade do pretendente ou de seu fiador;

VIII - pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro complementar contra fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário no contrato;

IX - exibir ao Locatário, quando solicitado, os comprovantes relativos às parcelas que estejam sendo exigidas;

X - pagar as despesas extraordinárias de condomínio.


Coloque na carta esta lei e artigo inteiro e ressalte em negrito o
itém VII que fala das taxas e qualquer valor como obrigação do proprietário.

अ Moreninha

Resumo do livro:



Augusto, Leopoldo e Fabrício estavam conversando, quando Filipe chegou e os convidou para passar um fim de semana na casa de sua avó que ficava na Ilha de Paquetá. Todos ficaram empolgados, menos Augusto. Filipe comentou a respeito de suas primas e de sua irmã, que provavelmente estariam na ilha. Foi quando surgiu uma discussão que deu origem a um aposta; Filipe desafiou Augusto dizendo que se ele não se apaixonasse por uma das moças ali presentes, no prazo de um mês, seria obrigado a escrever um romance sobre sua história. Passaram-se quatro dias, Augusto recebeu uma carta, que lhe foi entregue por seu empregado Rafael, a mando de Fabrício. A carta dizia que o namoro de Fabrício com D. Joaninha não estava indo muito bem, pois ela era muito exigente.
Ela fazia-lhe pedidos absurdos como escrever quatro cartas por semana , passar quatro vazes ao dia em frente à sua casa e nos bailes ele teria que usar um lenço amarrado em seu pescoço , da mesma cor da fita rosa presa a seus cabelos. Terminando a leitura, Augusto começou a rir porque era ele quem sempre aconselhava Fabrício em seus namoros. Na manhã de sábado, chegou à ilha e encontrou seus amigos, que estavam a sua espera. Entrando na casa, se dirigiu à sala e se apresentou, em seguida foi procurar um lugar para sentar-se perto das moças.
Foi então que ele se deparou com D.Violante, que lhe ofereceu um assento. Ela falou por várias horas sobre suas doenças, e perguntou o que ele achava. Augusto já irritado de ouvir tantas reclamações, disse que ela sofria apenas de hemorróidas. D.Violante se irritou, afirmando que os médicos da atualidade não sabem o que falam. Fabrício chegou interrompendo a conversa e chamou Augusto para um diálogo em particular.
Os dois começaram a discutir sobre a carta, pois Augusto disse que não pretendia ajudá-lo em seu namoro com D.Joaninha. Fabrício então declarou guerra a Augusto. Logo após a discussão, chegou Filipe chamando-os para o jantar. Na mesa, após todos terem se servido, Fabrício começou a falar em tom alto, dizendo que Augusto era inconstante no amor. Ele, por sua vez, não respondeu as provocações, mas, na tentativa de se defender, acabou agravando ainda mais a sua situação perante todos. Após o jantar, foram todos passear no jardim e Augusto foi isolado por todas as moças. Apenas D.Ana aceitou passear com ele. Augusto quis dar explicações à D.Ana, mas preferiu ir a um lugar mais reservado.
Ela sugeriu então que fossem até uma gruta, onde sentaram num banco de relva. Começaram a conversar e Augusto contou sobre seus antigos amores e entre eles do mais especial, que foi aos treze anos, quando viajando com seus pais conheceu uma linda garotinha de oito anos, com quem brincou muito na praia, quando um pobre menino pediu-lhes ajuda. Eles foram levados a uma cabana onde estava um velho moribundo a beira da morte. Sua mulher e seus filhos estavam chorando. As crianças comovidas deram todo o dinheiro que possuíam à mulher do pobre velho.
O velho agradeceu e pediu de cada um deles um objeto de valor. O menino deu-lhe um camafeu de ouro que foi envolvido numa fita verde e a menina deu-lhe um botão de esmeralda que foi envolvido numa fita branca, transformando-os em breves. O camafeu ficou com a menina e a esmeralda com o menino. Depois trocados os breves, o velho os abençoou e disse que no futuro eles se reconheceriam pelos breves e se casariam. Foram embora e a menina saiu correndo de encontro a seus pais sem ter revelado o seu nome, e a partir daquele momento nunca mais se viram.
Acabada a história Augusto levantou-se para tomar água. Ao pegar um copo de prata foi interrompido por D.Ana que resolveu lhe contar a história da gruta, que era a lenda de uma moça que se apaixonara por um índio que não a amava e de tanto ela chorar, deu origem a uma fonte, cuja água era encantada. Disse também que quem bebesse daquela água teria o poder de adivinhar os sentimentos alheios e não sairia da ilha sem se apaixonar por alguém. D.Ana explicou também que a moça cantava uma canção muito bela, quando de repente eles escutaram uma linda voz.
Augusto perguntou a D.Ana de onde vinha aquela melodia e ela explicou que era Carolina que cantava sobre a pedra de gruta e ele ficou encantado. Logo após o passeio, foram todos até a sala para tomar café e a Moreninha derramou o café de Fabrício sobre Augusto. Ele foi se trocar no gabinete masculino quando Filipe entrou e sugeriu que ele fosse se trocar no gabinete feminino, para que pudesse ver como era. Augusto aceitou e enquanto se trocava, ouviu vozes das moças que iam em direção ao gabinete. Ficou apavorado, pegou rapidamente as roupas e se enfiou debaixo de uma cama. As moça entraram, sentaram-se e começaram a conversar sobre assuntos particulares. O rapaz ouviu toda a conversa e quase não resistiu ao ver as pernas bem torneadas de Gabriela na sua frente. De repente ouviram um grito e Joaninha disse que a voz parecia com a de sua prima D.Carolina.
Todos saíram correndo para ver o que estava acontecendo e Augusto aproveitou para terminar de se trocar e saiu do gabinete para ver a causa daquele grito. O grito era da Moreninha que viu sua ama D. Paula caída no chão, devido a alguns goles de vinho que tomou junto do alemão Kleberc. D.Carolina não queria acreditar que sua ama estivesse bêbada e levaram-na para o quarto. A Moreninha estava desesperada quando Augusto, Filipe, Leopoldo e Fabrício entraram no quarto e percebendo a embriaguez da velha senhora começaram a dar diagnósticos absurdos. D.Carolina só acreditou em Augusto e não aceitou o verdadeiro motivo do mau estar de sua ama.
Todos saíram do quarto e se dirigiram até o salão de jogos. Augusto foi conversar com D.Ana e perguntou sobre o paradeiro da Moreninha. D.Ana disse que ela estava no quarto cuidando de sua ama. Augusto foi até até o aposento e chegando na porta viu uma cena inesquecível; ela lavava com suas delicadas mãos os pés de sua ama e ele comovido se ofereceu para ajudá-la. Depois disso Augusto sugeriu que a deixasse repousar pois no dia seguinte estaria bem. D.Carolina foi se trocar para em seguida ir ao Sarau, colocou um vestido muito bonito mas fora dos padrões normais, pois mostrava parte de suas pernas.
Todos queriam dançar com ela e Fabrício pediu-lhe a terceira dança, mas a garota mentiu dizendo que iria dançar com Augusto. Ele por sua vez dançou com todas as moças e jurou-lhes amor eterno, inclusive para a Moreninha. No fim da festa Augusto encontrou um bilhete que estava em seu paletó, dizendo para ir à gruta no horário marcado e logo após encontrou outro no qual dizia que aquilo era uma armadilha. No dia seguinte, Augusto foi até a gruta no horário marcado e encontrou as quatro jovens e antes que elas pudessem falar, foram surpreendidas pelo rapaz que contou cada uma o que ouvira no gabinete. As moças ficaram revoltadas e depois de irem embora Augusto foi surpreendido pela Moreninha que começou a contar a conversa dele com D.Ana. Mas primeiro ela tomou um copo da fonte e foi por este motivo que Augusto ficou mais impressionado pois lembrou-se da lenda da fonte encantada, e logo depois do susto, declarou-se a ela.
Depois de acabadas as comemorações, as pessoas voltaram para suas casas. Augusto não se cansava de contar sobre D.Carolina para Leopoldo, que sempre dizia que aquilo era amor. Os rapazes acharam conveniente visitar D.Ana, Augusto se encarregou dessa tarefa no domingo. D. Ana foi recebê-lo e contou-lhe que D.Carolina estava triste até saber se sua vinda para a ilha. Durante o almoço Augusto viu um lenço na mão de D.Carolina e adivinhou que ela o tinha bordado e após muita conversa D.Carolina resolveu ensiná-lo a bordar. Depois do almoço, Filipe e Augusto foram jogar baralho, quando ouviram o chamado da Moreninha para a primeira aula de bordado. A lição acabou ao meio dia e Augusto achou prudente ir embora, despediu-se de todos e combinou com D.Carolina, que no domingo seguinte voltaria e traria o lenço já terminado. No domingo seguinte, Augusto voltou até a ilha e levou o lenço totalmente pronto, para que sua mestra pudesse o ver, ela não acreditou que ele fizera um trabalho tão bem feito e começou a chorar, dizendo que ele tinha outra mestra.
Augusto tentou explicar-se de todas as maneiras possíveis, e disse que o lenço fora comprado de uma velha senhora. Depois de muita insistência a Moreninha aceitou a situação, pois D.Ana disse-lhe que sua atitude era infantil. Depois do incidente Augusto chamou a Moreninha para um passeio e percebeu que ela estava um pouco nervosa, foi então, que ele perguntou-lhe se havia um amor em sua vida, ela respondeu com a mesma pergunta e Augusto disse que o grande amor de sua vida era ela.
A Moreninha ficou imóvel e disse que o seu amor poderia ser ele. Augusto voltou para sua casa e foi proibido de voltar à ilha por seu pai pois seus estudos estavam sendo prejudicados. D.Carolina não era mais a mesma desde a partida de Augusto que agora estava em depressão. Seu pai, vendo que estava prestes a perder seu filho, achou melhor que Augusto voltasse à ilha e pedisse a mão da Moreninha em casamento. Chegando próximo à ilha, viram a Moreninha cantando sobre a pedra, e ela ao vê-los ignorou-os. D.Ana foi recebê-los e o pai de Augusto explicou a situação se seu filho. Eles foram até a sala e de repente a Moreninha apareceu com seu vestido branco chamando a atenção de todos, foi então que o pai de Augusto fez o pedido diretamente a Moreninha, pois seu filho não tinha coragem o suficiente.
A moça ficou assustada e disse que daria a resposta mas tarde na gruta mas D.Ana disse ao pai de Augusto que não se preocupasse, pois a resposta seria sim. Augusto, ansioso, foi até a gruta e chegando lá encontrou a Moreninha, os dois conversaram e ela perguntou se ele ainda amava a menina da praia. Ele disse que não pois seu amor pertencia somente a ela. Ela disse que não poderia se casar pois ele já estava comprometido com outra pessoa. Irritado, ao sair da gruta foi surpreendido quando ela lhe mostrou o breve verde. Augusto não agüentou a emoção e pegando o breve ajoelhou-se aos pés da Moreninha, começando a desenrolar o breve reconhecendo o seu camafeu.
O pai de Augusto e D.Ana entraram na gruta e não entenderam o que estava acontecendo, acharam que os dois estavam malucos e Augusto dizia que encontrara sua mulher e a Moreninha por sua vez dizia que eles eram velhos conhecidos. Logo após Filipe, Leopoldo e Fabrício viram a alegria do novo casal, mas Filipe foi logo dizendo que já se passaram um mês, Augusto perdera a aposta e deveria escrever um romance. Augusto surpreende a todos dizendo que o romance já estava pronto e se intitulava A Moreninha.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

त्रचो डा obra

A Moreninha

1

Aposta Imprudente

Bravo! exclamou Filipe, entrando e despindo a casaca, que pendurou em um cabide velho. Bravo!... interessante cena! mas certo que desonrosa fora para casa de um estudante de Medicina e já no sexto ano, a não valer-lhe o adágio antigo: - o hábito não faz o monge.
- Temos discurso!... atenção!... ordem!... gritaram a um tempo três vozes.
- Coisa célebre! acrescentou Leopoldo. Filipe sempre se torna orador depois do jantar...
- E dá-lhe para fazer epigramas, disse Fabrício.
- Naturalmente, acudiu Leopoldo, que, por dono da casa, maior quinhão houvera no cumprimento do recém- chegado; naturalmente. Bocage, quando tomava carraspana, descompunha os médicos.
- C?est trop fort! bocejou Augusto, espreguiçando-se no canapé em que se achava deitado.
- Como quiserem, continuou Filipe, pondo-se em hábitos menores; mas, por minha vida, que a carraspana de hoje ainda me concede apreciar devidamente aqui o meu amigo Fabrício, que talvez acaba de chegar de alguma visita diplomática, vestido com esmero e alinho, porém, tendo a cabeça encapuzada com a vermelha e velha carapuça do Leopoldo; este, ali escondido dentro do seu robe-de- chambre cor de burro quando foge, e sentado em uma cadeira tão desconjuntada que, para não cair com ela, põe em ação todas as leis de equilíbrio, que estudou em Pouillet; acolá, enfim, o meu romântico Augusto, em ceroulas, com as fraldas à mostra, estirado em um canapé em tão bom uso, que ainda agora mesmo fez com que Leopoldo se lembrasse de Bocage. Oh! VV. SS. tomam café!... Ali o senhor descansa a xícara azul em um pires de porcelana... aquele tem uma chávena com belos lavores dourados, mas o pires é cor-de- rosa... aquele outro nem porcelana, nem lavores, nem cor azul ou de rosa, nem xícara... nem pires... aquilo é uma tigela num prato...

A Moreninha”

A Moreninha”

Joaquim Manoel de Macedo

Foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário.
A tentativa anterior de Teixeira e Sousa com “O Filho do Pescador” (1843) não alcançou fama literária e foi sendo esquecido com o decorrer do tempo.
O título do livro foi dado pelo próprio protagonista da história, o personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha:
O sucesso de “A Moreninha” está vinculado à capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de lenda e de sonho do romance, aguçando a curiosidade do leitor com pequenos enigmas, simples conflitos e uma leitura fácil e agradável.
A história de “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX.Um deles, Augusto, é tido pelos amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o convida juntamente com mais dois companheiros, Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha".
O romance é narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente. O narrador está presente em todos lugares da história,
A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo esquecidos

Biografia

Joaquim Manuel de Macedo,
jornalista, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista nasceram em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de 1820, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1882. É o patrono da Cadeira n. 20, por escolha do fundador Salvador de Mendonça.
Era filho do casal Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição. Há pouquíssimos registros acerca da infância e adolescência de Joaquim Manuel de Macedo, mas sabe-se que, ainda em sua cidade natal, colaborou em semanários como O Itaboraense e O Popular, dando início a uma atividade jornalística que jamais abandonaria Formado em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, clinicou algum tempo no interior do estado do Rio. No mesmo ano da formatura (1844), publicou A Moreninha, "que foi escrito em um mês, durante suas férias acadêmicas, e lhe deu fama instantânea e constituiu uma pequena revolução literária, inaugurando a voga do romance nacional.
Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma clara transposição da sua namorada, e futura mulher, Maria Catarina de Abreu Sodré, prima-irmã de Álvares de Azevedo. Em 1849, fundou com Araújo Porto-Alegre e Gonçalves Dias a revista Guanabara, onde apareceu grande parte do seu poema-romance A Nebulosa, que alguns críticos consideram um dos melhores do Romantismo.
Abandonou a medicina e foi professor de História e Geografia do Brasil no Colégio Pedro II. Era muito ligado à Família Imperial, tendo sido professor dos filhos da princesa Isabel. Diretor e redator da Guanabara, Macedo levou o primeiro número, saído a 2 de dezembro, a D. Pedro 2o, que fazia aniversário justamente nessa data. Militou no Partido Liberal . Foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-59) e deputado geral (1864-68 e 1873-81).
Macedo foi membro do Conselho do Conservatório Dramático do Rio de Janeiro. Além disso, desenvolveu uma obra dramática também prestigiada em sua época. Foi também um membro de destaque do Instituto Histórico e Geográfico, ao qual esteve ligado a partir de 1845, exercendo os cargos de primeiro-secretário (1852-56), orador oficial (1857-1881) e presidente interino (1876).
Membro muito ativo do Instituto Histórico (desde 1845) e do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866). Nos últimos anos, sofreu de decadência das faculdades mentais, falecendo antes de completar 62 anos.
Algumas obras: A Moreninha (1884); O moço louro (1845); Os dois amores (1848); Rosa (1849); Vicentina (1853); O forasteiro (1855); duas sátiras político-sociais: A carteira de meu tio (1855) e Memórias do sobrinho do meu tio (1867-68); As mulheres de mantilha (1870) e vários outros romances. Para o teatro, escreveu 16 peças, das quais 14 foram à cena em vida do autor, com aplauso da platéia.
Política do Apartheid
Significa "vidas separadas" em africano
Regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos.
Embora a segregação existisse na África do Sul desde o século 17, quando a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948
.No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem européia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais.Entre as principais leis do apartheid, podemos citar:
*Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
- Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-afriacanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
- Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
- Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
- Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953
- Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões – 1953.
Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias medidas e colocou fim ao apartheid. Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.
[Oxalufã]

Era o rei de Ilu-ayê, a terra dos ancestrais, na longínqua África. O primeiro orixá a ser criado por Olodumaré, o Deus Supremo.Considerado um Oxalá muito velho
Oxalufã é o princípio da criação, o vazio, o branco, a luz, o espaço onde tudo pode ser criado, e também a paz, a harmonia, a sabedoria que vem depois do conflito (Oxaguiã).
O fim do círculo e o recomeço. Oxalufã é o compasso da terra, Caminha apoiado em seu cajado cerimonial, que é o também o símbolo da ligação que ele estabeleceu entre o Orun (o céu) e o Ayê (a terra). O grande pai ioruba, considerado a bondade masculina
Orixá da Paz, da paciência, tudo que se refere à Oxalá é ligado a calma e a tranquilidade. Sua cor é o branco e seus filhos não podem usar roupa preta, vermelha e tons escuros. Seu dia da semana é a sexta-feira, e por respeito ao pai mais velho, todo povo-de-santo usa branco nesse dia. Sua dança é lenta como o passo do Igbin.Seu culto permanece ainda relativamente bem preservadoÉ comemorado, a cada ano em todos terreiros de Candomblé da Bahia, no dia da "Águas de Oxalá", quando todos vestem branco e vão buscar água em silêncio para lavar os objetos sagrados de Oxalá.
Também com a mesma intenção, todos os anos, numa quinta-feira, uma multidão lava o chão da basílica dedicada ao Senhor do Bonfim. Cor: branco, Dia da semana: sexta-feira• Numero 16 e 8
• Comida: canjica
• Saudação: Epa, Babá! Exeuê, Babá
África do sul

Época Pré-colonial (do século I ao XIV)
Entre os séculos I e V, os povos Khoisan que habitavam a região deste a Pré-História foram conquistados pelo povo Bantu que dominam o território. Entre os séculos IX e XIV desenvolve-se na região o Império Mapungubwe.
Período Colonial
1488 - o navegador português Bartolomeu Dias passa pelo Cabo da Boa Esperança e passa a usar a Ilha Robben como feitoria para o caminho das Índias.
1652 - Jan van Riebeeck, administrador holandês da Companhia Holandesa das Índias Orientais cria a Colônia Holandesa do Cabo.
1795 - a Colônia Holandesa do Cabo é ocupada pelos ingleses, após Napoleão ter conquistado províncias holandesas.
1899 a 1902 - ocorre a Guerra dos Boers em que os ingleses, interessados nas minas de diamante da região, enfrentam colonos holandeses e franceses da região. Vencedores, os ingleses passam a dominar grande parte da região.
Século XX
- 1910 - os ingleses fundam a União da África do Sul como domínio do Império Britânico. Tornam a língua inglesa em oficial da região e os negros ficam sem direitos políticos e sociais.
- 1948 - criada a estrutura política, social e econômica do Apartheid (sistema legalizado que discriminava racialmente os negros e garantia o domínio da minoria branca na região).
- 1961 - a União da África do Sul conquista a independência da Inglaterra, formando a República da África do Sul.
- 1994 - fim da apartheid com eleições livres em 27 de abril. Nelson Mandela é eleito presidente da África do Sul.

Reino do tribo Zulu,

História Zulu,
Reino do tribo Zulu, consultado às vezes como ao Império do tribo Zulu, era um estado africano do sul em o que é agora África do Sul. O reino pequeno ganhou a fama do mundo durante e após Guerra do Anglo-Tribo Zulu.
Líder africano que expandiu a nação zulu, num feito comparável a Alexandre o Grande, mas também terminou sua vida como ditador insano.
O potentado Zulu tem início com o reinado de Shaka, filho do chefe Senzanga Khoma, de um dos clãs mais fortes dos Zulus, que engravidara Nandi, uma mulher Lengani, que se tornou por isso sua terceira esposa. Mas ela era desagradável e pouco dócil, acabou sendo rejeitada junto com o filho, e voltou para os Lenganis, onde Shaka cresceu acalentando o sonho de se tornar Rei dos Zulus,
. Os Zulus apontaram a sua máquina de guerra, numa expansão territorial que iria aumentar o território sob o seu controlo cerca de 12 vezes. . O seu reino tinha uma extensão de 30.000 km², com 250.000 habitantes e 25.000 guerreiros. Finalmente, o 1828 foi assassinato por Dingaan.
grupo étnico sul-africano de aproximadamente 10 milhões de indivíduos que habita ao a província de KwaZulu-Natal. . A sua língua, o zulu, é uma língua bantu
O Reino Zulu jogou um papel importante na história de África do Sul dos séculos XIX e XX. Sob o regime do apartheid, os zulu fossem classificados como cidadãos de segunda classe e fortemente discriminados.
Hoje, são o grupo étnico mais numeroso do país e desfruta de igualdade de direitos como os outros povos sul-africanos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Revolução Puritana*

Revolução Puritana*

Ocorre em meados do século XVI inicio de1628,
de confissão calvinista, que rejeitava tanto a Igreja Romana como a Igreja Anglicana,
O puritanismo designa uma concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma comunidade de protestantes radicais depois da Reforma
O Rei ( Carlos), foi confrontado pelas forças do parlamento (que resistiram às suas tentativas de aumentar o seu próprio poder) e pelos Puritanos (que eram hostis às suas políticas religiosas).
Diante de um quadro, de crise o rei convocou o Parlamento, que entre 1640 e 1653 ficou conhecido como "Longo Parlamento". Por pressão dos deputados calvinistas, 2 importantes ministros foram condenados a morte por decapitação e o rei foi obrigado a abolir o "ship-money"taxa alfandegária. Os deputados ainda decidiram que o rei não poderia elevar impostos sem a aprovação do Parlamento, que passava a ser convocado no mínimo a cada três anos.

O rei e o parlamento se enfrentaram O Parlamento impõe a Carlos I, da dinastia dos Stuart,a Petição de Direitos", que reconhecia a "Magna Carta" e que limita o poder da Coroa. Onde dizia que problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só seriam possíveis com autorização do parlamento,
O rei aceitou a imposição, mas não a cumpriu. Ele era um defensor do direito divino dos reis, mas os seus inimigos no parlamento temeram que ele procurasse obter o poder absoluto.
Houve uma oposição generalizada a muitas de suas ações, especialmente a imposição de impostos sem o consentimento do Parlamento.
O rei também adotou uma política religiosa que continuava a linha do "meio caminho" Anglicana que foi hostil às tendências Reformistas de muitos dos seus súbditos ingleses e escoceses.
A sua política era extremamente ofensiva para o Calvinista, e insistia que a liturgia da Igreja Anglicana fosse celebrada com todas as cerimônias e vestimentas recomendadas pelo livro de reza comum (Book of Common Prayer). Muitos de seus súbditos consideraram que esta política trazia a Igreja Anglicana demasiadamente próxima do catolicismo romano.

Após uma reunião onde o parlamento criticou as atitudes do rei,
Ele dissolve o Parlamento e governa sozinho durante 11 anos.
As atitudes do rei começaram a formar revoltosos que começaram seus protestos na Escócia quando o rei impôs o anglicanismo aos presbiterianos e aos puritanos(Calvismo).
O Parlamento se recusou a entregar o comando do exército destinado à reconquista da Irlanda a Carlos I
Este não se conformou em perder o comando das forças armadas: com um grupo de apoiadores, invadiu o Parlamento e tentou prender os líderes da oposição.Não conseguiu.
Foi forçado a se retira de Londres e refugiou-se em Oxford, onde reuniu um exército de 20 mil homens, formado por uma parte da burguesia financeira, que temia qualquer desordem, e por aristocratas que ainda usufruíam dos benefícios feudais.
Em 1645, Carlos 1º foi preso. Setores do Parlamento, porém, assustados com as pretensões dos niveladores, que tentavam tomar o controle do exército, resolveram se unir ao rei.
Este, porém, aproveitou a situação para fugir para a Escócia, em cujo Parlamento acreditava obter proteção. Ledo engano: foi entregue aos ingleses, que o decapitaram, proclamando a República, em 19 de maio de 1649.
.Oliver Cromwell comanda o exército parlamentarista, que manda decapitar Carlos I em praça pública.
A República é instaurada , Cromwell dissolve o Parlamento e exerce uma ditadura pessoal..Ocorreu 150 antes da revolução francesa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Resumo do livro " A dama das camélias "

Marguerite Gautier era uma prostituta e morreu de tuberculose. Seus
bens foram leiloados para pagar as dívidas. Ela levava uma vida de
rico e era prostituta de condes, nobres .. Quando ia em teatros,
sempre levava um binóculo, um saco de bombons e um bouquê de camélias,
que durante 25 dias eram brancas e 25 vermelhas.
Um senhor gostava muito dela, tratava-a como filha, dando de tudo pra ela.
O " narrador " comprou um livro leiloado de Marguerite, ele tinha uma
dedicatória, o livro falava que uma mulher morreu com o coração no
deserto, como Marguerite. Suas dívidas foram pagas com o leilão e
sobrara dinheiro.
Armand Duval era o nome escrito na dedicatória do livro. Ele (armand)
foi na casa do narrador para buscar o livro. O narrador começou a
procurar Aramand, pois ele queria saber mais sobre Marguerite. Como
não o achou foi ao túmulo de Marguerite. Era o túmulo mais bonito,
sempre com flores novas. E eram semre brancas e vermelhas as flores. E
Armand mandava sempre colocar novas flores no túmulo.
O narrador conseguiu conversar com Armand, viraram amigos, mas ele
estava doente físico e mentalmente.
Apesar de Marguerite ser prostituta os homens a amavam. Armand começou
a contar sobre os dois: Eles se conheceram no crepusculo do teatro.
Mas começaram a conversar através de Prudente, amiga e viznha de
Marguerite, era modista e gorda.
Ele ceiou com Marguerite e alguns amigos dela até que ela começou a
tossir sangue, foi pro quarto ficar sozinha. Eles começaram a
conversar e Armand declarou todo seu amor por Marguerite, mas ela se
cupava por levar aquela vida.
O duque que ficava com Marguerite a visitava todos os dias, mas
Margueirte e Armand passaram a noite juntos. Armand estava começando a
ficar com ciumes de Marguerite. Eles se encontraram mais uma vez após
a saida do Duque.
Marguerite propos que eles viajassem juntos, com o dinheiro do Duque,
mas Armand não aceitou.
Marguerite amava Armand de verdade. Ele fez uma carta pedindo perdão
pelo ciume, Marguerite aceitou.
Armand era advogado, e começara a jogar pra cubrir os gastos com
Marguerite, nunca apostava o que não tinha.
Acabou que eles foram viajar e Prudence foi tambem. Marguerite havia
voltado com as festas todos os dias, o que prejudicava sua saúde. O
duque parou de visita-la , pois ela não o respeitava. Marguerit
assumiu seu romance com Armand. As dívidas de Marguerite só
aumentavame teve que vender bens e parar com os gastos. Marguerite e
Armand partiam para uma vida simples.
O pai de Armand era contra, mas Armand continuou com Marguerite.
Armand foi conversar com o pai e quando voltou Marguerite já tinha
partido. Ele saiu pra procura-la e conseguiu uma carta que Marguerite
fizera pra ele. Marguerite voltara pra aquela vida. Armand ficou
furioso e voltou pra casa do pai.
Armand conheceu a Olympe, amiga de Marguerite e Armand a usava pra
fazer ciumes em Marguerite. Ela adocia cada vez mais vendo Armand e
Olympe. Armand e Marguerite se encontraram e passaram a noite juntos.
No outro dia quando foi visita-la ela estava com o o conde, fez
questão de deixar o pagamento da noite anterior. Marguerite estva em
estágio terminal, foi pra Inglaterra e deixou uma carta.
Nela estva escrito que o pai de Armand que pediu pra ela o deixar,
porque ele queria que Armand tivesse um futuro bom e estava colocando
a vida da família em risco jogando pra sustenta-la. Marguerite só quiz
o bem de Armand e o deixou.
O padre perdoou Marguerite por seus pecados e que ela morreu como uma
cristã. Ela pediu que a enterrassem com uma camisola que ela queria.
A parte em itálico é Armand contando a história de seu grande amor com
Marguerite pro narrador. Ela morreu.
É uma história real ..
--

terça-feira, 11 de maio de 2010

SOUSA ANDRADE

DÁ MEIA-NOITE

DÁ MEIA-NOITE

Dá meia-noite; em céu azul-ferrete

Formosa espádua a lua

Alveja nua,

E voa sobre os templos da cidade.


Nos brancos muros se projetam sombras;

Passeia a sentinela

A noite bela

Opulenta da luz divindade.


O silêncio respira; almas frescores

Meus cabelos afagam,

Gênios vagam,

De alguma fada no ar andando à caça.


Adormeceu a virgem; dos espíritos

Jaz nos mundos risonhos –

Fora eu sonhos

Da bela virgem… uma nuvem passa.


Joaquim de Souza Andrade

SOUSA ANDRADE

Harpa XXXII


Dos rubros flancos do redondo oceano
Com suas asas de luz prendendo a terra
O sol eu vi nascer, jovem formoso
Desordenando pelos ombros de ouro
A perfumada luminosa coma,
Nas faces de um calor que amor acende
Sorriso de coral deixava errante.
Em torno de mim não tragas os teus raios,
Suspende, sol de fogo! tu, que outrora
Em cândidas canções eu te saudava
Nesta hora d'esperança, ergue-te e passa
Sem ouvir minha lira. Quando infante
Nos pés do laranjal adormecido,
Orvalhado das flores que choviam
Cheirosas dentre o ramo e a bela fruta,
Na terra de meus pais eu despertava,
Minhas irmãs sorrindo, e o canto e aromas,
E o sussurrar da rúbida mangueira
Eram teus raios que primeiro vinham
Roçar-me as cordas do alaúde brando
Nos meus joelhos tímidos vagindo.

SOUSA ANDRADE

Tobias Barreto



A Escravidão

Se Deus é quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama a escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.

Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em seu delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!...

1868

Tobias Barreto
Publicado no livro Dias e Noites (1893).

3ª GERAÇÃO ROMÂNTICA no Brasil -

3ª GERAÇÃO ROMÂNTICA no Brasil -
-Condoreirismo (também chamada de liberal ou social.)
O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao condor ou outras aves, como a águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais. Esta escolha remete à identificação do vôo destas aves, como a capacidade de enxergar à grande distância. Os poetas condoreiros supunham ser eles também dotados dessa capacidade: olhar a sociedade como num vôo, capaz de enxergar os problemas que afligem a todos. Por isso, tinham o compromisso de orientar os homens que não possuíam a mesma visão para os caminhos da justiça e da liberdade. Seus principais temas são a defesa de causas humanitárias, a denúncia da escravidão e o amor erótico.
Os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo assim a poesia social , fala sobre liberdade, questões sociais
Características-Poesia social;Poesia revolucionária – Defende já a idéia da republica;Contra a escravidão;Carga emocional profunda – Poesia exclamativa;Ligação a oratória, ao discurso a oralidade.O amor e a mulher são menos idealizados ( Uso de exclamações, exageros, apóstrofes. Volta-se para o futuro, progresso. Luta pela liberdade, temáticas sociais. Ainda fala sobre o amor.
Essa geração sofreu intensamente a influencia de Victor Hugo e de sua poesia político-social, daí ser conhecida como geração hugoana. As idéias liberais, abolicionistas e republicanas formam a base do pensamento da inteligência brasileira a partir da década de 1870, que concentra a produção da chamada Terceira Geração do Romantismo e marca o início da transição para o Realismo.
Influenciados pela filosofia pensadores europeus, .
Seu principal representante foram

Castro Alves, seguido por Tobias Barreto e Sousândrade.
Castro Alves (1847: Bahia) é o poeta que mais se destaca, inspirado nos princípios de Victor Hugo, ele começa a escrever poemas sobre a escravidão. Há retratado em seus poemas o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
O poeta dos escravos, ele é considerado a principal expressão da poesia brasileira. Além da poesia social cultivou ainda a poesia lírica, a épica e o teatro.Sua obra representa, na evolução da poesia romântica brasileira, um momento de maturidade e de transição. Maturidade em relação a certas atitudes ingênuas das gerações anteriores, como a idealização amorosa e o nacionalismo ufanista, às quais Castro Alves dará um tratamento mais crítico e realista. E o primeiro grande poeta social brasileiro Sua obra é marcada por duas características: a poesia social e a poesia lírica. Sua poesia social tem como tema a abolição e a libertação dos povos, incorpora o negro de vez na literatura nacional. Apresentando-o como herói e como um ser amoroso, ativo, sofredor, esperançoso, oprimido e lutador. Com suas antíteses, hipérboles, apóstrofes e metáforas grandiosas, faz com que a poesia chame-se “condoreira”, influenciada por Victor Hugo e Lamartine.Ao contrário dos outros ultra-românticos sua poesia lírico-amorosa resulta em grande parte da experiência real e não da imaginação. São poemas que traduzem esperança, euforia, desespero, pressentimento da morte, saudade, exaltação da. natureza e um sentimento e ótico, expresso por palavras recorrentes como, seios, cabelos, perfumes
Principais obras:
Poesia: Espumas flutuantes (1870), A cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os escravos (1883).










SOUSA ANDRADE(Joaquim de Souza Andrade) nasceu no Maranhão Seu principal trabalho foi o longo poema O GUESA ERRANTE? Onde ele aproveita uma tradição religiosa dos incas para construir um quadro poético da América. Em Nova Iorque, publica sua maior obra, o poema longo O Guesa Errante (1874/77), em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte. Em 1877, escreveu: "Ouvi dizer já por duas vezes que o Guesa Errante será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes".


Tobias Barreto de Menezes (07-06-1839/26-06-1889), Sergipe Um condor solitário
Dias e Noites foi seu único livro de poesias e, teve seis edições Sua obra dispersa em jornais, foi reunida em três edições de Obras completas, em 1925, 1963 e 1989.Menosprezada pela crítica, sua obra poética não foi explorada o bastante, tampouco evidenciou-se sua qualidade estética
Foi um poeta que não recebeu, necessariamente, o reconhecimento que merecia. Menosprezada pela crítica, sua obra poética não foi explorada o bastante, tampouco evidenciou-se sua qualidade estética Foi uma figura central na Escola do Recife,disseminando o pensamento filosófico alemão no Brasil que, naquela época, sofria forte influência da cultura francesa. Certamente, foi um importante pensador brasileiro no século XIX.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Palavras que nao sai

Palavras que nao sai
Se estais cansada, adormecida filhinha amada sou seu paizinho, + dorme filhinha dorme meu bem, Dorme e descansa anjo-criança, Deus embalar-te vem

Caso Maristela Just 21 anos à espera da justiça

juri popular nos dia 13 de maio de 2010


http://casomaristelajust.blogspot.com/


Caso Maristela Just 21 anos à espera da justiça

Blog criado para divulgar este caso que com o passar dos anos acabou sendo "esquecido". Maristela foi assassinada pelo ex marido que também atirou contra os 2 filhos do casal e o cunhado em 04/04/1989.

Após 21 anos de espera o caso vai a juri popular nos dia 13 de maio de 2010 na 1ª Vara do Fórum de Jaboatão dos Guararapes em Pernambuco a partir das 9h se estendendo até 19h. A família aguarda com muitas expectativas o resultado desse caso, e com muita fé espera que a justiça seja feita.
Uma coisa é certa: todas as ameaças que se escondem na floresta se escondem também nas grandes cidades, e a única maneira de vencê-las é enfrentá-las

RESUMO DA HISTÓRIA DE FLAVIA.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

História das famosas marchinhas de carnaval-

História das famosas marchinhas de carnaval-01

O ano era 1899, quando a pedido dos foliões do cordão Rosa de Ouro, a já consagrada compositora Chiquinha Gonzaga compôs Ó Abre Alas, a primeira música de carnaval. Ó abre alas", da maestrina Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e que animou os bailes cariocas por três anos consecutivos. No acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) é possível encontrar livros que narram a trajetória marcante da compositora, como a coleção
Começava a história da marchinha, gênero da música brasileira com origem nas marchas militares e populares portuguesas das quais herdou o compasso binário, embora mais acelerado, e a batida forte. Crônicas urbanas sobre política, economia e futebol eram cantadas em melodias simples e letras irreverentes e engraçadas. Foi só a partir de 1920 que as marchinhas realmente se popularizaram no Brasil.
No Rio de Janeiro, ganhou o nome de marcha-rancho por animar os ranchos de foliões, antigos blocos de rua. Se popularizaram no Brasil.
Na década de 30, as marchinhas viram seu apogeu ao serem gravadas por grandes intérpretes de nossa música
O ritmo – difundido em rádios, bailes, cordões e concursos – consagrou compositores como Noel
02-Rosa, Lamartine Babo, Braguinha, Ary Barroso e intérpretes como Carmem Miranda, Silvio Caldas, Emilinha Borba e Dalva de Oliveira

Lamartine Babo foi, de longe, o maior, o melhor e mais reverenciado compositor de música carnavalesca de todos os tempos.
“O Teu Cabelo Não Nega”, cuja fanfarra foi criada pelo próprio maestro. Castro Barbosa, com sua voz característica, junto com o coro, entoa, pela primeira vez:
O teu cabelo
Não nega, mulata,
Porque és mulata na cor
Mas como a cor
Não pega, mulata,
Mulata eu quero o teu amor...
Assim nasceu o maior sucesso carnavalesco de todos os tempos, e uma das dez gravações mais importantes de todos os tempos, na história da música popular brasileira. O disco seria lançado no suplemento de janeiro de 1932 da RCA, e se tornaria desde então tema característico das festas de Momo em terras brasileiras o carioca
Algumas das marchinhas que fizeram muito sucesso foram: “Chiquita Bacana” (1949), de João de Barro e Alberto Ribeiro, “O Teu Cabelo Não Nega” (1932), dos Irmãos Valença e de Lamartine Babo e
Mamãe eu Quero” (1937), de Jararaca e Vicente Paiva, que levada por Carmen Miranda aos Estados Unidos chegou a ser gravada por Bing Crosby. A pequena notável também tem seu espaço no acervo do MIS. O destaque é o livro “Carmen Miranda” (1985
O jornalista e pesquisador Sérgio Cabral observa que o estilo prevaleceu sobre o samba entre as décadas de 1920 e 1970.

As marchinhas eram mais brincalhonas, crônicas da vida brasileira.”
A partir dos anos 70, A produção de novos discos de marchinhas diminuiu . . As marchinhas já não eram mais tocadas e os tradicionais bailes, muito caros, foram perdendo prestígio.
A música do carnaval não era mais a marchinha. Para os foliões restavam os velhos clássicos e alguns novos sucessos, como A Filha da Chiquita Bacana, gravada em 1975 por Caetano Veloso, ou Festa do Interior, de Moraes Moreira, gravada por Gal Costa nos anos 1980.
-Hoje em dia, além de iniciativas isoladas como a de São Luís do Paraitinga, os concursos anuais da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, também tentam reviver a tradição das marchinhas. Porém, já estamos muito longe do charme e romantismo de outras épocas. Talvez porque o charme vinha mesmo dos próprios anos 40 e 50, e parece estar perdido nos tempos de hoje.
Em 2006, o 1° Concurso Nacional de Marchinhas da Fundição Progresso, na capital carioca, resgatou o estilo. O evento foi idealizado por Perfeito Fortuna, produtor cultural e presidente da Fundição, que sonhava em reviver os antigos festivais de marchinhas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Filme "Quase Deuses" (Something the Lord Made

O Filme "Quase Deuses" (Something the Lord Made) não trata da história do Dr. Hamilton Naki, mas da história do Dr. Vivien Thomas.

Veja a sinopse do filme:
Nashville, 1930. Vivien Thomas (Mos Def) é um hábil marceneiro, que tinha um nome feminino pois sua mãe achava que teria uma menina e, quando veio um garoto, não quis mudar o nome escolhido. Ele é demitido quando chega a Grande Depressão, pois estavam dando preferência para quem tinha uma família para sustentar. A Depressão o atinge duplamente, pois sumiram as economias de 7 anos, que ele guardou com sacrifício para fazer a faculdade de medicina, pois o banco faliu. Thomas consegue emprego de faxineiro, trabalhando para Alfred Blalock (Alan Rickman), um médico pesquisador que logo descobre que ele tem uma inteligência privilegiada e que poderia ser melhor aproveitado. Blalock acaba se tornando o cirurgião-chefe na Universidade Johns Hopkins, onde está pesquisando novas técnicas para a cirurgia do coração. Os dois acabam fazendo uma parceria incomum e às vezes conflitante, pois Thomas nem sempre era lembrado quando conseguiam criar uma técnica, já que não era médico. Vencidas as barreiras da discriminação racial Vivien Thomas, depois de mais de 40 anos dedicado à cirurgia cardíaca e ao ensino, recebe da Universidade Johns Hopkins o título de Dr. Honoris Causa. Muito embora de forma tardia, o reconhecimento foi feito com ele ainda em vida e hoje o seu retrato figura ao lado do retrato do Dr. Alfred Blalock na galeria dos grandes mestres de Johns Hopkins, a melhor escola de medicina dos Estados Unidos e uma das melhores do mundo.
O filme é belíssimo, pois nos traz um fato real que muito tem para motivar os jovens na busca pelos seus sonhos.
"O mais burro não é o racista. É o que pensa que o racismo não existe.
O racista só é um babaca que assimila preconceitos porque tem a cabeça muito fraca. Falta de educação no mundo."
Hamilton Naki ensinou cirurgia durante 40 anos e aposentou-se com uma pensão de jardineiro, de 275 dólares por mês. Depois que o apartheid acabou, ganhou uma condecoração e um diploma de médico "honoris causa". Nunca reclamou das injustiças que sofreu a vida toda, ao contrário, agradecia sempre por ter podido ajudar a salvar a vida de tanta gente.

Pese a sua clandestinidade e discriminação latente, jamais deixou de dar o melhor de si...

Dr. Hamilton Naki

Dr. Hamilton Naki





Quem foi Hamilton Naki?


Hamilton Naki (26 de Junho de 1926 - 29 de maio de 2005) um Sul-africano negro e pobre, nasceu em Ngcingane, em Eastem Cape(Cabo Oriental). Aos 14 anos parou de estudar e empregou-se como jardineiro da Universidade da Cidade do Cabo. Foi selecionado para trabalhar com os animais do laboratório da Faculdade de Medicina. Suas habilidades técnicas foram sendo observadas e recebeu permissão especial para permanecer nas pesquisas de laboratório.
Por 40 anos, o negro instruiu milhares de cirurgiões brancos, vários deles se tornariam chefes de departamento em hospitais. Formalmente jardineiro, recebia como auxiliar de laboratório, a maior remuneração que legislação permitia à Universidade lhe pagar.

A versão inicialmente divulgada no obituário do Sr Naki dizia: Foi ele quem retirou do corpo da doadora branca, Sra. Denise Darvall, o coração transplantado para o peito de Louis Washkanky, em dezembro de 1967,na cidade do Cabo, na África do Sul, na primeira operação de transplante cardíaco humano bem-sucedida. Esta história era fantástica e até então desconhecida. Foi publicada com grande destaque por importantes jornais, no mundo todo. A Internet encarregou-se de reproduzir o tema: era um professor sem formação acadêmica tradicional e exímio cirurgião, até então desconhecido devido ao apartheid.Em poucas semanas autoridades do Groote Schuur Hospital declararam que o Sr. Naki não participou do transplante nem em outras cirurgias, exceto em seu trabalho com animais.
O Sr. Naki aposentou-se com salário de jardineiro em 1991 e o fim do apartheid veio apenas em 1994, com a eleição de Nelson Mandela. O reconhecimento ao seu trabalho, por entidades estatais Sul-Africanas veio através da Ordem Nacional de Mapungubwe somente em 2002 e finalmente o título de Médico Honorário pela Universidade de Cape Town em 2003. Continuou trabalhando como cirurgião em um ônibus adaptado como clínica móvel, encomendado com o apoio de donativos recolhidos a partir de médicos que ele tinha treinado.


Cristhian Barnard se aposentou em 1983, dezesseis anos após o seu famoso transplante. Barnard era adversário do apartheid e admirava o Sr.Naki, seu fiel e tenaz colaborador. Em 1993 admitira em entrevista que " se dada oportunidade" o Sr Naki poderia ter sido "melhor cirurgião do que eu". Sabemos que durante uma cirurgia complexa há necessidade de um harmonioso trabalho de equipe. Durante o regime do apartheid qualquer ajuda de um negro, sem educação formal, a um homem branco seria um eterno segredo. Não há dúvida da ajuda prestada pelo Sr. Naki à Barnard, porém a natureza desta ajuda é desconhecida.


"Eu gostaria que a geração mais jovem pudesse encontrar inspiração no meu trabalho. Nosso país precisa de mais médicos, sobretudo a partir dos desfavorecidos da comunidade.
Olhem para mim - pode acontecer! "-Naki




Até onde vai a verdade desta história? Não importa. O importante neste caso é que o Sr. Naki foi um herói! Um herói que cuidou de flores, de animais e de pessoas. Contribuiu com seu talento e trabalho para aliviar o sofrimento de seus semelhantes. Mesmo submetido a condições humilhantes, não se abateu e dia a dia, por anos, poliu um verdadeiro diamante sul-africano; seu caráter que serve de exemplo a seus conterrâneos e aos homens livres de todo o mundo.


Fontes:
BrasilMedicina.com.br:
Geocities.com
JB OnLine
Wikipédia

afro-americano Vivien Theodore Thomas

Ser médico sempre foi o sonho do afro-americano Vivien Theodore Thomas (1910-1985), que viu suas suadas economias se evaporarem na Grande Depressão de 1929. Ele havia se decidido pela carreira e trabalhou duro como carpinteiro para conseguir o dinheiro necessário, mesmo quando vigorava a segregação racial nos Estados Unidos.

Uma ocupação que o colocaria próximo do lugar de seu desejo apareceu quando o Dr. Alfred Blalock, médico e cirurgião, lhe empregou como o responsável geral pela organização de seu laboratório. Recebendo menos do que no seu trabalho anterior, Thomas passou a auxiliar o Dr. Blalock, ler os livros de medicina e aprender os procedimentos cirúrgicos com o médico, que logo percebeu o talento para a cirurgia de seu empregado.

Na década de 40, o médico foi para a Universidade Johns Hopkins e levou Thomas com ele. Os dois passaram a pesquisar, com a Dra. Helen Taussing, a doença congênita do coração conhecida como Blue Baby Syndrome (síndrome do bebê azul), que não permite a suficiente oxigenação do sangue, fazendo com que as crianças tenham uma cor azulada. Na época, não se fazia cirurgia cardíaca, e os pequenos pacientes tinham uma expectativa de vida bem baixa.

Havia problemas para Thomas vestir o avental branco, circular pelos lugares de pesquisa e até mesmo receber um salário condizente com o posto que ocupava, simplesmente por sua cor. Mas, mesmo com a discriminação e mesmo não tendo recebido uma formação - que deveria ser em uma universidade para negros - Thomas trabalhou incansavelmente naquilo que era a sua profissão ideal. Ele tinha inteligência, conhecimentos e habilidades excelentes, que o colocavam como indispensável no desafio de achar uma solução para o problema das crianças.

Enquanto os doutores Blalock e Taussing eram mais teóricos, Thomas era o mais familiarizado com o procedimento na prática. Além de participar da elaboração, desenvolveu os instrumentos que a nova técnica exigia. Por isso, o Dr. Blalock pediu a sua orientação na primeira cirurgia que realizou.

Começando sua carreira como técnico de laboratório, enfrentando as dificuldades da discriminação e nunca se formando em medicina, Thomas ensinou e treinou equipes de médicos cirurgiões sobre procedimentos cirúrgicos. Mas, apesar de sua grande importância no sucesso da novidade cirúrgica, ele não foi reconhecido no meio científico nem social da época.

Somente anos depois Thomas se tornou diretor dos laboratórios de pesquisas cirúrgicas, e foi devidamente creditado quando recebeu o título de doutor honoris causa, ainda que em direito.



Fonte: Galileu