DÁ MEIA-NOITE
Dá meia-noite; em céu azul-ferrete
Formosa espádua a lua
Alveja nua,
E voa sobre os templos da cidade.
Nos brancos muros se projetam sombras;
Passeia a sentinela
A noite bela
Opulenta da luz divindade.
O silêncio respira; almas frescores
Meus cabelos afagam,
Gênios vagam,
De alguma fada no ar andando à caça.
Adormeceu a virgem; dos espíritos
Jaz nos mundos risonhos –
Fora eu sonhos
Da bela virgem… uma nuvem passa.
Joaquim de Souza Andrade
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