Divina Comédia.
Divina Comédia permite ter uma certa compreensão do homem medieval, não só pelas informações históricas que nos propicia, diversas coisas típica do medieval.
É um poema composto de um canto introdutório e de três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Cada parte é integrada por trinta e três cantos, de pouco mais do que uma centena de versos cada um.
São muito discutidas as datas da composição do poema: muito provavelmente, Dante começou-o por volta de 1307, para depois nele trabalhar durante toda a sua vida.
Apareceu impresso pela primeira vez na edição veneziana de 1555. O poema, no seu conjunto, é a história da conversão do pecador a Deus.
O poeta tencionava fazer da "Divina Comédia" principalmente sua obra de doutrina e de edificação, uma "Suma" que compreendesse o saber do seu tempo, da ciência à filosofia e à teologia. Por isso o poema é repleto de significados alegóricos e ainda morais.
Assim, por exemplo, Virgílio, que cantou os ideais de paz e justiça do Império Romano no tempo de Augusto, e que guia o poeta através do Inferno e do Purgatório, simboliza a razão integrada com a sabedoria moral, e é também a voz da própria consciência de Dante.
Beatriz, a mulher amada que o guia no Paraíso, é a sabedoria cristã iluminada pela graça, a suprema sabedoria dos santos, a única que pode levar a Deus.
Tudo no poema é perfeita construção alegórica, e nisto Dante limita-se a respeitar as regras do seu tempo: pois quantas não são de fato as obras medievais que referem as viagens ultraterrenas, devidamente arquitetadas para edificação do pecador? Só que, no poema dantesco, há um sutil artifício que permite ao poeta encerrar nos seus cantos também a história do seu tempo. Dante imagina fazer uma viagem em 1300 e, portanto refere naturalmente tudo quanto aconteceu antes desta data; mas, reconhecendo aos mortos a capacidade de prever o futuro, põe-nos a profetizar os acontecimentos públicos e particulares que não deseja deixar em silêncio.
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